O jornalista Mario Welber que já trabalhou na Rede Globo foi detido no aeroporto de Congonhas (SP) com R$ 102 mil reais em dinheiro, além de dezesseis cheques assinados em branco.
O jornalista Mario Welber, 31 anos, foi detido no último dia 27 por volta das 15h no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando embarcava para São José do Rio Preto (interior de São Paulo) com R$ 102 mil reais em dinheiro, além de dezesseis cheques assinados em branco. O suplente de vereador do PSDB foi flagrado pelo equipamento de raio-x de Congonhas e não conseguiu explicar aos policiais federais a origem do dinheiro.
O que se sabe até agora é que os cheques pertencem ao deputado estadual Bruno Covas (PSDB), ex secretário do Meio Ambiente do governo Geraldo Alckmin. A Polícia Federal (PF) que em situações como essa costuma divulgar fotos do dinheiro apreendido e confirmar o nome das pessoas envolvidas, desta vez fez diferente. O assunto não ganhou destaque na mídia como de costume.
No mínimo, o caso deveria ter sido registrado como crime eleitoral já que é notória a conexão do PSDB e a campanha política, mas o fato foi registrado somente como crime financeiro através do Inquérito Policial 245/2014-11. O jornalista, que já foi repórter da TV Tem (retransmissora da Globo), em Rio Preto, responde em liberdade.
Algumas perguntas continuam sem resposta: teriam tentado abafar o caso, por quê? E os cheques em branco que foram assinados? O neto do falecido Mario Covas tem alguma explicação para isso? Por que a PF registrou o caso no âmbito da Delegacia de Crimes Financeiros (Delefin/PF)? E finalmente por que a imprensa brasileira não deu a devida importância para o ocorrido?
Como diz o candidato do PSDB à Presidência, Senador Aécio Neves, é “muito grave” o envolvimento de membros da campanha com a apreensão de dinheiro suspeito em avião. Esse fato também precisa ser investigado, não é senador?
